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Conhecendo o Balé Folclórico
Um Quê de Negritude

Fruto de uma ideia original da prof.ª Clélia Ferreira Ramos, lotada no Colégio Estadual Atheneu Sergipense, com base em um projeto fundamentado na obrigatoriedade do ensino de História da África nas escolas brasileiras, lastreado pelas leis n° 10.639/ 03, promulgada pelo governo federal e a de n° 5.497/04 do governo do Estado de Sergipe nascia assim o Grupo Um Quê de Negritude.

O entusiasmo do alunado gerou a necessidade de um processo seletivo e foi só colocar a mão na massa para dá início à atividade de pesquisa e elaboração de um espetáculo já para o ano de 2007. A tarefa árdua de lapidar os talentos do nosso alunado não arrefeceu um instante se quer o zelo com que a professora tratou e trata o grupo. Mesmo sendo um grupo ligado a uma escola, a preocupação com a qualidade do espetáculo está sempre presente, por isso foi preciso buscar parceiras além dos muros da escola. Foi necessário contar com os apoios da Secretaria de Estado da Educação, Direção da Escola na pessoa do atual Diretor Prof. Genaldo Freitas, Coordenação da Escola, Corpo Docente e Discentes.

A determinação do grupo e o caráter profissional de cada participante, mesmo sendo um grupo de alunos, levou o colégio através do Grupo Um Quê de Negritude receber convites para participar de eventos tais como abertura de semestre letivo em Universidades particulares, Semana da Consciência Negra, Aula show no IFS, Encontro Cultural de arte do CEFET, apresentação na Rua da Cultura. Sendo uma ação recorrente desde o ano de 2007, ano I do Projeto.

O primeiro Espetáculo completo apresentado pelo grupo ocorreu no Teatro Atheneu -

"BATUQUES E TAMBORES O CANTO DA SENZALA"

A professora Clélia Ramos e alguns integrantes sofreram muitos preconceitos. Muitos eram chamados de “macumbeiros” e bruxos. Mas mesmo em meio ao preconceito o grupo ganhou uma repercussão e aceitação positiva não só no Estado de Sergipe, como também recebeu uma visibilidade maior na região nordestina. E para que se superassem ainda mais em suas apresentações, as aulas de dança foram intensificadas.

O sucesso do grupo aumentou ainda mais a responsabilidade do grupo para com o público que se formava. Surgiu a necessidade de dinamizar ainda mais as ações do grupo, levando-os a ampliar os horizontes através de visitas a centros culturais na Bahia, por exemplo - PROJETO ILÊ AIYÊ – no bairro SENZALA DO BARRO PRETO, buscando a interação para o aperfeiçoamento da pesquisa e a elaboração de um novo espetáculo. O objetivo foi atingido tanto é que no ano de 2008 elaborou-se mais um espetáculo com o mesmo sucesso do anterior:

ESPETÁCULO NO TEATRO LOURIVAL BATISTA

"UM CANTO DE FÉ UM SANGUE GUERREIRO OS SANTOS DO MEU NAVIO NEGREIRO.

Em que houve a interação com o próprio autor, Altay Veloso onde o próprio pesquisador e diretor esteve aberto para dirimir dúvidas, momento em que através de uma entrevista via e-mail, respondeu via imagens questionamentos dos alunos, enriquecendo e aprofundando dessa maneira o conhecimento do alunado.

A vivacidade, inconformidade da coordenadora geral do grupo, Profª Clélia Ferreira, no ano de 2009, leva mais uma vez ao intercâmbio com mais uma instituição cultural na cidade de Salvador, PARTICIPAÇÃO EM WORKSHOP NA FUNDAÇÃO PIERRE VERGER. Essas atividades leva o grupo a elaborar o espetáculo apresentado:

TEATRO TOBIAS BARRETO

"GIRA - O MOVIMENTO DA ARUANDA"

Vale ressaltar que o ápice de cada espetáculo é o dia da Consciência Negra, fazendo que durante todo o ano o grupo faça apresentações não só em órgãos e escolas da capital mais também em cidades do interior, como na cidade de Santo Amaro, quando a professora foi agraciada durante o encontro cultural com o troféu, um reconhecimento ao trabalho desenvolvido promovendo assim a desmistificação das religiões de matriz africana. Aos quatro anos de projeto, o grupo elabora para o ano de 2010 o espetáculo:

"YÁ: MULHER NEGRA, MULHER GUERREIRA"

A ser apresentado mais uma vez na grande casa de espetáculo de Aracaju – Teatro Tobias Barreto, mostrando assim o reconhecimento pela grandiosa apresentação do ano anterior, onde os espectadores e a imprensa aplaudiram de pé tecendo comentário não só a plasticidade do espetáculo como também ao profissionalismo dos alunos.

No ano de 2011 viajamos no tempo dos cinco anos de existência do projeto, que visa desenvolver atividades que exploram a diversidade da cultura negra no âmago de sua essência, esperando que o presente espetáculo possa ajudar na reflexão e na afirmação da nossa identidade. Então elaboramos para o ano de 2011 o espetáculo:

"RETROSPECTIVAS"

Que foi apresentado mais uma vez na grande casa de espetáculo de Aracaju – Teatro Tobias Barreto, mais um espetáculo marcado pelo senso profissional dos alunos, sendo bastante relatado na mídia como "show perfeito".

Após a viagem do grupo para Alagoas em busca de ampliar o nosso conhecimento e desenvolvendo pesquisas e trabalhos para a montagem de um espetáculo, não poderíamos deixar passar em branco a história de "Zumbi dos Palmares" não apenas a sua luta pela Liberdade mais o seu amor pela guerreira Dandara. Nos levará a apresentar o espetáculo desse ano 2012:

"ZUMBI - AMOR E LIBERDADE"

Que foi apresentado mais uma vez na grande casa de espetáculo de Aracaju, o Teatro Tobias Barreto, atraindo centenas de pessoas em plena segunda-feira ao teatro, como não deixaram a desejar empolgaram a multidão com a vida de Zumbi dos Palmares, seu amor tanto por Dandara como pela luta por liberdade.

No ano de 2013, voltamos ao palco do Teatro Tobias Barreto com aprimoração do nosso espetáculo anterior.

"BATUQUES E TAMBORES O CANTO DA SENZALA"

Trouxemos ao palco as origens dos tambores usados desde a pré-história da humanidade como forma de comunicação, nosso público cresce de maneira impressionante e com isso surge a preocupação de fazer cada vez melhor.

Em 2014, no oitavo ano de projeto o grande Teatro Tobias Barreto ficou pequeno para o nosso grande público, apresentando:

 

"ÁGUAS A ESSÊNCIA E O EQUILIBRIO DE UMA FÉ"

Com o tema Principal sendo a água mostramos que ela tem um papel central em diversas religiões e crenças de todo o mundo. Como fonte de vida, representa o nascimento. A água lava o corpo e, consequentemente, purifica-o, e estas duas qualidades conferem-lhe um grande simbolismo. Ela é, portanto, um elemento-chave em cerimônias e rituais religioso. Mais um ano de Casa Cheia surgindo a necessidade de mais dias em Cartaz para atender todo o Público.

Em 2015, no nono ano de projeto foi apresentada:

“O AIYÊ: ENTRE O MÍSTICO E O SAGRADO”

Focarmos as leis 11.645/2008 e a 10.639/2003, que tratam da obrigatoriedade da cultura afro e indígena nas escolas estaduais. Em palco mostramos o choque de cultura africana com a indígena, quando os negros trazidos pelos navios negreiros chegaram no Brasil.

Em 2016, o grupo Um Quê de Negritude completou 10 anos de sua existência e em comemoração aos seus feitos ao longo do projeto, era preciso uma comemoração à altura. Trouxemos em cartaz mais um espetáculo apresentado no grande Teatro Tobias Barreto:

Mais um espetáculo apresentado no grande Teatro Tobias Barreto:

“AYEYE: UMA DÉCADA DE AFRICANIDADE NA EDUCAÇÃO SERGIPANA”

Nele trouxemos a nossa história contada pela representação de um grande nome sergipano: Arthur Bispo do Rosário, o mesmo reuniu diversos aspectos que acumulou durante os anos, trazendo elementos já conhecidos pelo público e novas informações acerca da cultura africana através do patrimônio imaterial, como, por exemplo, o frevo, maracatu, capoeira, o boi caprichoso, boi garantido, o maculelê e o samba, além de, também trazer, elementos da cultura indígena.

Em 2017, para que as peças estivessem sempre renovadas, o grupo buscava constantemente se aprofundar mais e mais na cultura afro. E, com isso surge a ideia de fazer a união das águas doce com salgada e transformar o teatro em um grande estuário de beleza e cultura, realizamos um espetáculo no Teatro Tobias Barreto:

“OMIO-OMIRO: ÁGUAS QUE LAVAM A VIDA E LAVAM A ALMA”

Nele foi retratado as águas como elementos purificadores da vida, e aborda também as religiões africanas e indígenas. Fato  é  que,  apesar  das  intempéries  sempre  sofridas  por  parte  de quem  assume  e  desenvolve  projetos  que  envolvem  cultura,  arte, vanguarda  como  desafio  contra  as  formas  de  opressão  e  preconceitos, em  2017,  o  trabalho  do  Um Quê de Negritude chega  a  fazer  uma  década  e  se  mostra exitoso,  arrebatando  enormes  plateias  em  espaços  abertos  e  fechados, como  pôde ser  comprovado in  loco, nos  teatros  e  auditórios  sergipanos com esgotamento de  ingressos  e  lotação máxima.

Em 2019, voltamos ao palco do Teatro Tobias Barreto com o Espetáculo:

"ESIN - ONDE A FÉ ENSINA A AMAR"

No palco, o griot, um velho sábio que percorre o mundo, conta as histórias do passado do seu povo, levando às futuras gerações a memória dos tempos que não voltam mais. O personagem carrega a missão de fazer uma análise a partir da contribuição das diversas religiões existentes, tomando como ponto de referência o judaísmo, cristianismo, candomblé e as religiões orientais.

O espetáculo, que dura pouco mais de duas horas, é composto por um roteiro dinâmico de performances das representatividades das religiões, cuja origem remonta a história dos escravos, por meio dos orixás; da santíssima Trindade, com a Santa Ceia; do menino Jesus e seus apóstolos; e, convoca o público à reflexão sobre a intolerância religiosa presente nos dias atuais.

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